quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

ALGUMAS DOENÇAS PEGAS NOS SALÕES E PET SHOPS

Conheça agora parte das doenças causados por Fungos, e que por isso são transmitidas nas escovas pelo contato contínuo, previna Você e seu Animal do contágio, INFORMAÇÃO É TUDO!



A Ciência que estuda tais organismos vivos, é a MICOLOGIA, que é um ramo da Microbiologia, esta última estudando também, além dos cogumelos e bolores, também as bactérias, protozoários e os vírus: MICRÓBIOS de uma maneira mais ampla, como eram todos esses seres vivos antigamente e mesmo nos dias de hoje, denominados pelo povo.  

Na MICOLOGIA são estudados os fungos e bolores sem a preocupação de separá-los em benéficos e maléficos, pois incluem-se entre os mesmos seres responsáveis inclusive pela fermentação das bebidas alcóolicas, e mesmo para a produção de substâncias químicas utilizadas como medicamentos, como os antibióticos; No entretanto, sendo o nosso propósito apenas as doenças que os mesmos podem causar, serão tais seres agrupados num sub-ramo, que denominaremos de MICOLOGIA MÉDICO VETERINÁRIA.

As Dermatofitoses, também denominadas Dermatofícias, vulgarmente chamadas de TINHAS E EMPIGENS, são causadas por fungos do grupo dos Dermatófitos. Tais seres possuem um biotropismo especial para os tecidos de estruturas queratinizadas, como o são os pêlos, unhas e mesmo a pele, raramente parasitando células vivas, como as do tecido sub cutâneo.  
São, sob o ponto de vista epizootiológico, distribuídos em três categorias:  
ANTROPOFÍLICOS - Primariamente patogênicos para o homem, e ocasionalmente transmissíveis aos animais.  
ZOOFÍLICOS - Parasitas de animais, sendo contudo, capazes de determinar micoses no homem.  
GEOFÍLICOS - Dermatófitos existentes no solo e que, sob determi-nadas condições, podem parasitar os animais e o homem.  
Três gêneros principais, são os causadores das Dermatofitoses:  
MICRÓSPORUM - TRICHOPHYTON - EPIDERMOPHYTON
Sendo as dermatofitoses, zoonoses de fácil disseminação, consti-tuindo-se portanto em problema de Saúde Pública, todos os esforços deverão estar centrados nas medidas de prevenção de sua difusão, não só de animal para animal, como deste para o homem.  
As medidas básicas preventivas baseiam-se no diagnóstico específico, isolamento dos animais infectados e redução ao mínimo do contato homem - animal. Deve-se ter sempre em mente, que os ambientes freqüentados por animais infectados estão também contaminados; Assim, para evitar-se a reinfecção dos animais tratados ou a transmissão da doença aos animais sadios, e mesmo ao homem, é imperiosa a higienização cuidadosa de tais ambientes, antes do alojamento nesses locais, de novos animais.  
TRATAMENTO - Dependerá para sua eficácia, de ser previamente diagnosticado o gênero e espécie causal da doença, pois para cada tipo e agente causal, existem fármacos mais eficientes.  
MICOSES EXCLUSIVAS DOS PÊLOS  
P I E D R A - Também chamada de Tricomicose dos estudantes, ou Moléstia de Beigel, é infeção de natureza fúngica, que ataca principalmente os pêlos do couro cabeludo. É benigna, mas de transmissão fácil, caracterizando-se por apresentarem-se os pêlos parasitados com nódulos de coloração esbranquiçada, de consistência dura e fortemente aderentes, dando a sensação de pequenas pedras quando se passa o pente nos cabelos. Existem dois tipos fun-damentais: A Piedra preta e a Piedra branca, distintas quer pelos agentes causais, que são diferentes, como também por sua distribuição geográfica e epidemiológica; A Piedra preta, causada pelo cogumelo Piedra Hortai, e a variedade branca pelo Trichosporum Beigelii.
Tal denominação (PIEDRA), ocorreu na Colômbia, daí sua grafia em castelhano, porém é também denominada de Tinea nodosa, Tricomicose nodosa e Tricomicose nodular. A variedade branca aparece esporadicamente, sendo pouco contagiosa; Entretanto, a variedade preta tem maior poder de propagação, podendo permanecer visível durante muito tempo, e atacando também a barba.
Os pêlos das axilas e raramente os pêlos pubeanos, podem também ser atacados pela Tricomicose nodular, passando muitas vezes desapercebida, por não causar o corte dos pêlos atacados, e apresentarem-se com colorações diferentes: amarela, vermelha e preta, daí as denominações de flava rubra e nigra.  
T I N E A C A P I T I S - É infeção predominantemente de crianças em idade escolar, difundindo-se com relativa facilidade, devido sua contagiosidade grande, sendo infeção tanto dos pêlos como da pele, atacando na região do couro cabeludo. Dividem-se nos seguintes tipos:  
TINHA FAVOSA - (FAVO OU FAVUS) - Também chamada de Tinha Lupinosa, pode atacar também as mucosas, estas porém raramente.  
Já também assinalada em unhas, em regiões rurais pobres; As lesões são características: o fungo determinando o que se chama godet, formação ao nível do orifício folicular, sendo umbelicado, atravessado por um pêlo de cor amarelada e de consistência friável. De início, determina foliculite (inflamação do folículo piloso), e posteriormente os esporos lesando o folículo piloso, dá formação ao chamado godet fávico, com o pêlo implantado no meio. O cheiro que exala da lesão é comparável ao de uma ninhada de camondongos. Sobrevindo a cura, devido a atrofia cicatricial com a perda de pêlos, processa-se então a alopécia pós fávica, simulando pelada.  
TINHAS TONSURANTES - Estas determinando placas de tonsura, compreendendo: a TINHA TRICOFÍTICA (ou TRICOFITÍA), e a TINHA MICROSPÓRICA (ou MICROSPÓRIA). Estas enfermidades nos homens, são causadas entre nós, predominantemente por uma variedade animal do Microsporum canis, semelhante ao M.felinum, respectivamente parasitas do cão e do gato.
Para o tratamento destas últimas, a roentgenterapia epilatória, ou seja, aplicação do RaioX, têm sido o de melhor resultado.
O T O - M I C O S E S 
Estas, constituem-se em manifestações relativamente freqüentes, tanto em animais, como no homem, e nada mais sendo que uma inflamação do conduto externo do ouvido, causada por fungos.  
A sintomatologia é a mais diversa, dependendo da região do ouvido atacada; Começa quase sempre por simples prurido na região externa do canal auricular, e quando não tratada, evoluindo até o tímpano, acompanha-se então por perda de audição, devido o acúmulo de secreção que acarreta, e sinais dolorosos; Pode progredir até o ouvido médio, e então as conseqüências podem ser graves, e dessa região do ouvido continuar mesmo ao ouvido interno, com sintomas que podem simular sintomas neurológicos, devido a proximidade do cérebro.  
Os fungos mais freqüentemente encontrados nessas infeções, são do gênero Aspergilus, grupos glaucus, niger e fumigatus. Além destes, também dos gêneros Penicilium, Scopulariopsis, Mucor, Rhizopus e Cândida. Muitas vezes associam-se ainda bactérias, principalmente do gênero Pseudomonas, espécie " P. eroginosa", com complicações ainda mais graves.  
Para o tratamento dessas afeções, além da identificação do agente causal, que é efetuada por coleta de material do local, e sua semeadura em meios de cultura apropriados, e posterior identificação pelas características próprias de cada espécie, cuidados especiais são necessários por parte do clínico, com avaliação criteriosa dos vários fatores envolvidos.
Dr. Carmello Liberato Thadei
Médico Veterinário - crmv-sp-0442

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